Quando a calamidade atingiu Jó, ele perguntou o porquê a Deus inúmeras vezes. Não há nada de errado em perguntar a Deus o porquê, desde que não achemos que Ele nos deve uma explicação. Penso que se Deus precisasse realmente nos dar uma resposta, ainda não ficaríamos satisfeitos.
Se você disser: “SENHOR, por que isto aconteceu?” e se Deus responder: “Vou te dizer agora mesmo. Estás preparado? Então sente-se para ouvir. Isto aconteceu porque…” Você acha que isto realmente te satisfaria? Creio que não.
Se o SENHOR te disser o porquê das coisas acontecerem do jeito que acontecem, você acha que isto te traria alívio, tiraria a sua dor ou curaria o seu coração quebrantado? Penso que não. Acredito que suscitaria ainda mais perguntas.
Quando seu irmão, Lázaro, morreu, Marta chorou muito a Jesus. Ela provavelmente pensou: Isto não é justo! Ou não está certo! “[…] se estivesses aqui o meu irmão não teria morrido”, disse ela (João 11:21). Ao invés de corrigi-la, Jesus lhe passou outra perspectiva, muito maior, eterna: “O seu irmão vai ressuscitar” (João 11:23).
“Marta respondeu: ‘Eu sei que ele vai ressuscitar na ressurreição, no último dia’. Disse-lhe Jesus: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?'” (João 11:24-26)
Em outras palavras, “Não Marta, você está olhando para o foco errado. Eu sou a ressurreição e a vida…”
Isso é exatamente o que Marta não sabia. Jesus iria trazer o seu irmão da morte. Ela queria uma cura; Jesus queria uma ressurreição. Deus estava para fazer muito mais e melhor do que ela poderia pedir ou imaginar.
O Senhor diz, “Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos” (Isaías 55:8). Vivemos de promessas, não de explicações. Não deveríamos gastar muito tempo perguntando o porquê.
Não andamos por vista, andamos por fé.
Amém!