Pedro não suportava mais. Já vinha acompanhando a angústia do seu Senhor no Jardim de Getsêmani e assistiu quando o grupo de soldados chegou para prendê-Lo. Então pegou sua espada, e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita (João 18:10).

De certa forma, compreendo a frustração de Pedro. Se estivesse na mesma situação, talvez eu tivesse feito o mesmo. Podemos até parabenizar Pedro pelo seu ato de heroísmo e bravura. Mas na realidade,

Jesus não fez nada parecido com isso. Pelo contrário, disse a Pedro que guardasse a sua espada. Pobre Pedro. Parecia que não conseguia fazer nada certo. Sempre parecia fazer as coisas erradas, nas horas erradas. Dormia quando deveria estar orando. Falava quando deveria ouvir. Gabava-se quando deveria temer.

Agora lutava quando deveria estar se rendendo. Parecia sempre estar com suas ações invertidas. Pedro não conseguiu ver que estava lutando contra o inimigo errado.

A Bíblia nos diz que nossos inimigos não são de carne e osso, nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.

E eles não podem ser vencidos pelos meios convencionais. Frequentemente, tomamos as coisas em nossas próprias mãos e tentamos dar alguma assistência a Deus, tentando, de alguma forma, ajudá-Lo em alguma coisa.

E muito frequentemente, nesses momentos de batalha, não utilizamos a principal arma que temos à nossa disposição: a oração.

Como cristãos, somos rápidos em protestar e não tão rápidos para orar. Somos muito rápidos para participar de um piquete de greve, mas não tão rápidos para pregar e focar naquilo que Deus nos chamou para fazer.

Precisamos entender que estamos numa batalha espiritual. Assim, precisamos usar armamento espiritual.

Amém!