Jesus conclui a série de bem-aventuranças com um chamado à alegria e ao júbilo, mesmo em meio à perseguição. Depois de mencionar os desafios que os discípulos enfrentariam por causa do Reino — injúrias, perseguições e calúnias — Ele surpreendentemente nos encoraja a “alegrar e exultar”. Neste versículo, Jesus nos ensina sobre a verdadeira alegria cristã, que não está nas circunstâncias terrenas, mas na promessa celestial.

Jesus não ignora a dor ou a dificuldade da perseguição, mas Ele nos dá uma razão para nos alegrarmos mesmo em meio ao sofrimento. A verdadeira alegria cristã é enraizada na perspectiva eterna. Quando olhamos para além do presente e vemos a promessa do Reino dos Céus, encontramos uma razão profunda para o júbilo.

A palavra “alegrai-vos” que Jesus usa aqui é uma expressão intensa de felicidade e gozo. Significa que, mesmo em meio à oposição, podemos experimentar uma alegria que vem de Deus e que o mundo não consegue compreender. Romanos 5:3-4 nos ensina que o sofrimento produz perseverança, caráter e esperança. Assim, nossa alegria é fruto de uma confiança inabalável na fidelidade de Deus.

Jesus nos lembra que nossa recompensa não é deste mundo. A alegria que temos não está ligada às circunstâncias imediatas, mas ao galardão eterno que nos aguarda. A perseguição, as calúnias e as dificuldades que enfrentamos por causa de Cristo não passam despercebidas aos olhos de Deus. Pelo contrário, elas são vistas e recompensadas no Reino dos Céus.

Essa promessa é um lembrete poderoso de que a vida cristã tem um propósito que vai além do que vemos agora. 1 Coríntios 2:9 nos diz: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” Nossa alegria está firmada na certeza de que há uma recompensa eterna que supera qualquer sofrimento.

Jesus também nos lembra que os profetas do Antigo Testamento enfrentaram perseguição por causa de sua fidelidade a Deus. Quando passamos por dificuldades por causa da nossa fé, estamos nos unindo a uma longa linhagem de homens e mulheres fiéis que não comprometeram sua obediência a Deus, mesmo diante de grande oposição. Eles são exemplos de perseverança e coragem, e Jesus nos encoraja a seguir seus passos.

Em Hebreus 11, vemos a galeria dos heróis da fé, que enfrentaram provações, perseguições e até a morte com a esperança da promessa eterna. Eles olharam para o galardão que Deus prometeu e permaneceram firmes. Assim também, devemos manter nossos olhos fixos na glória que virá, sabendo que não estamos sozinhos em nossas lutas.

As bem-aventuranças terminam com um chamado à alegria e à exultação. Embora o caminho cristão possa ser difícil e, às vezes, solitário, Jesus nos lembra que somos parte de algo maior. Temos uma recompensa que nos espera e um exemplo a seguir dos profetas que vieram antes de nós. A verdadeira felicidade cristã não depende das circunstâncias, mas da nossa confiança em Deus e da certeza de que Ele é fiel para cumprir Suas promessas.

Que, ao enfrentarmos desafios por nossa fé, possamos lembrar que nossa verdadeira alegria está no Senhor, e que nada neste mundo pode roubar a esperança que temos n’Ele. Jesus nos chama a ser “bem-aventurados” — não porque a vida será fácil, mas porque somos amados e recompensados por um Pai que vê tudo o que passamos por amor ao Seu nome.

Com esta reflexão, encerramos a série das bem-aventuranças, lembrando sempre que a verdadeira felicidade está enraizada em Cristo, nas Suas promessas e na certeza de que, ao vivermos segundo o Reino, já somos abençoados e bem-aventurados.

Amém!

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